Não banalize o amor. Nao ame com razão. Ame sem intenção, ame sincero.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Testamento de amor

De tudo que é mais belo,
Mais glorioso e sincero,
Eu dedico as últimas letras
Dessa vida de poemas,
Desses poemas de uma vida...
E bem no fim desse caminho,
Ponho no papel a última tinta,
Um sentimento tanto póstumo,
Mas vivo em memórias
Ponho logo esse meu amor
Na velha folha do caderno,
Pois de tão grande que se faz
Ele não caberia em caixão...
De tão forte que me é,
O amor arrebentaria as trancas da morte,
Renasceria com minha alma,
Faria sol no enterro de lágrimas...
Mas, se tudo deve mesmo acabar,
Não posso fazer eterno meu amor,
Levá-lo junto da minha fria carne,
Eu tenho que renunciar
Com mãos trêmulas da velhice de amar,
Eu deixo-lhe as palavras
Para que você as guarde
Como se fossem as últimas
Que me carregassem a vida,
Palavras curtas e simples
Que a humanidade de pedra
Anseia em dizer,
Que um coração frio
Não saberia receber,
Palavras sinceras e verdadeiras
De um testamento vivo
No coração morto
De um eterno amante.

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